quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O Seguro morreu de velho

Mais vale prevenir que remediar, e não contribuir para aquele outro provérbio "depois de casa arrombada, trancas à porta".
Depois de um ano em constante aflição (porque isto de ter um beagle é obra) decidi fazer-lhe um seguro.
Após várias fugas em plena via pública comecei a achar que qualquer dia o Cão me havia de meter numa carga de trabalhos, e sempre que saía à rua com ele preocupava-me a hipótese de se escapulir e pelo caminho deixar um rasto de destruição, provocar um acidente ou vários choques em cadeia, com carros empenados a deitar fumo enfiados dentro de montras de lojas e bocas de incêndio a jorrar água, com vários polícias a tentar deter o cão marginal e a imprestável da dona, com várias ambulâncias a recolher os vários feridos espalhados pelo chão...
Todo um cenário de horror hollywoodesco, onde na minha cabeça só entoava: "Nem dinheiro tens para pagar uma lâmpada de jardim e agora onde vais buscar o dinheiro para pagar esses estragos todos??"

De notar que uma vez fui passear o Cão para a beira do rio perto da nossa casa (único lugar onde lhe tirava a trela para ele poder correr no areal), e o esperto  lembrou-se de alargar horizontes. Fugiu tanto que fiquei com os bofes de fora por correr tanto atrás dele... Quanto mais chamava mais ele fugia. Outra vez, era ele mais pequeno e tinha um peitoral daqueles que se enfia nas patas e se prende nas costas (que parece umas cuecas invertidas), ferrou as patas por forma a despir o peitoral e lá foi ele espalhar magia pelo jardim municipal quase a ir para a estrada principal e mais movimentada, em plena hora de ponta.

Aproveitei a onda de ter de ir falar com o segurador e fiz algumas perguntas acerca de seguros para animais de estimação. Decidi na hora quando ele me contou um caso que ele estava a acompanhar e que tinha acontecido uns tempos antes: um cão tinha feito cair um senhor de idade na via pública. O senhor teve de ir para o hospital onde ficou internado uns tempos e quando voltou para casa teve de ir fazer várias sessões de fisioterapia.

O seguro cobriu tudo. E é apenas um seguro de responsabilidade civil. Parece que azares destes só acontecem aos outros, mas não. Isto aconteceu ali, no passeio onde levo o Cão quase todos os dias. Um senhor de idade ficou todo descadeirado por causa de um cão tresloucado que estava a passear na rua.

Como o meu também é tresloucado, optei apenas por um seguro de responsabilidade civil, que não inclui despesas médicas por só existirem duas clínicas onde vivemos e nenhuma delas tem protocolo com seguradoras.

Esse tipo de seguros com opção médica valem a pena para quem vive num grande centro urbano com um maior leque de parceiros como o caso do "Pétis" do Millenium BCP, o Seguros Continente da Mapfre, o Liberty Pet da Liberty Seguros, entre tantos outros à disposição no mercado. É só procurar e escolher o mais adequado.
De notar que para os cães considerados de raça perigosa, estes seguros são obrigatórios.

O meu é da Fidelidade, "Responsabilidade Civil - Animais de Companhia" com o capital segurado de 50.000€ por sinistro e anuidade, e franquia por sinistro de 10% dos danos (mínimo de danos materiais de 50,00€). Para que o seguro possa ser accionado, o animal tem obrigatoriamente de ter o boletim de vacinas com plano de vacinação actualizado, o microchip, e a licença de detenção.
A apólice custou 5,00€, mas o prémio anual é de 27,50€.

Por 2,30€/mês ando um bocadinho mais descansada pela rua.
Mas na verdade espero nunca vir a precisar do seguro para nada, será um bom sinal.




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