terça-feira, 6 de setembro de 2016

Levar a coisa a sério

Antes de começar a partilhar as receitas que faço, aviso que não sou veterinária nem tão pouco tenho formação em nutrição animal. Apenas pesquisei muito sobre o assunto por forma a tentar fazer um bom trabalho com o meu cão e não o prejudicar de alguma forma.
Assim, acho melhor falar de alguns aspectos que considero muito importantes e que fui retendo ao longo do processo:

  • Cada caso é um caso. Um cão idoso não precisará de repor níveis de energia como um cão jovem. De igual forma que um cão com algum quadro clínico necessitará de uma dieta especial, com adições ou restrições que um cão saudável não necessitará.
  • O aconselhamento veterinário é essencial para perceber se o cão requer alguma dieta específica, se tem o sistema gastrointestinal sensível ou  até mesmo alguma intolerância. Proporcionar ao cão uma alimentação desadequada pode desencadear ou agravar problemas de saúde.
  • Devemos assumir o compromisso de fazer a comida ao nosso cão com responsabilidade, ou então mais vale nem começar, há que ter em mente a possibilidade dos distúrbios alimentares que lhe podemos causar. Acredito que a maioria dos veterinários aconselhe os donos a dar ração pelo receio de ser uma decisão assumida sem noção dos nutrientes, vitaminas, minerais e ácidos gordos necessários ao bom desenvolvimento do animal.
  • Embora não deixe de ser "comida para cão", procuro sempre encontrar o equilíbrio correcto entre os níveis de proteína animal, gorduras, hidratos de carbono, legumes, hortaliças e até frutas, porque dar comida caseira ao cão não é de todo dar-lhe os restos da nossa comida. Nem tão pouco dar apenas arroz cozido com frango e cenoura, à excepção de indicação do veterinário para o fazer.
  • Existe uma lista de alimentos proibidos. Alguns deles muito importantes na alimentação humana, mas altamente prejudiciais a um cão quando adicionados à sua dieta. Não podemos ignorar este ponto. Mais à frente falarei deles com a devida atenção.
  • É importante ir introduzindo novos alimentos de forma gradual na dieta canina, um de cada vez. Só desta forma conseguimos descobrir possíveis alergias a algum alimento.
  • Guardo sempre a comida no frigorífico numa caixa hermética.
  • Para aquecer junto na taça dele um bocadinho de água a ferver e misturo bem até ficar a uma temperatura em que ele não queime os bigodes.
  • Não junto azeite na cozedura dos alimentos, para não saturar a gordura. Antes de servir é que junto um fiozinho de azeite ou óleo de salmão.
  • Costumo usar alguns complementos na alimentação do cão, que sei que mal não fazem e só podem trazer benefícios, como é o caso de farinha de cascas de ovo (tem 10x mais cálcio que o leite), óleo de salmão, sal (pouquinho) e ervas aromáticas - para além de proporcionar novos sabores, as propriedades medicinais das ervas aromáticas já não são novidade para ninguém.
  • Especialistas em nutrição animal aconselham que se dê ao cão a quantidade de comida cozida equivalente a 5% do seu peso corporal. No caso do meu, que pesa cerca de 18kg, o ideal será dar-lhe 800gr de comida por dia. Sinceramente acho um exagero. Dou cerca de 500gr por dia e o cão está com o peso considerado ideal pela veterinária.
Tudo isto parece um exagero, e como diria um brasileiro: "nossa, que frescura!", mas pessoalmente prefiro levar a coisa a sério, para que o cão tenha uma saúdinha da boa!





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