Quando o cão chegou aos 9 meses, e depois de um episódio de colite, comecei a dar comida caseira.
Nunca me tinha apercebido que existem
certos alimentos aos quais os cães são totalmente intolerantes.
Toda a vida tinha visto os meus pais darem
os restos de comida aos cães que tínhamos, e isso para mim não tinha mal
nenhum, a cadela de estimação dos meus pais chegou aos 19 anos de idade, e obviamente que morreu de velhice, já com a pelagem toda branquinha e sem dentes.
Para mim os cães só não suportavam uma
coisa: feijões. A selecção que eles faziam na taça da comida, era tão
pormenorizada que lambiam tudo, mas só deixavam os feijões. Seria porque eles lá no fundo sabiam que aquilo lhes faria gazes? Não gostavam do sabor? Da
textura? Nunca soube bem porquê, nem consegui ainda descobrir, apenas parece que eles instintivamente sabem que aquilo lhes faz mal, embora não conste de nenhuma lista das que eu encontrei!
Mas nem para todos os alimentos esta faceta instintiva funciona. E é aí que os donos responsáveis entram em cena.
A minha forma de raciocínio é a seguinte: se os cães derivam dos lobos nos primórdios dos tempos, devemos dar-lhes uma alimentação aproximada com a que os lobos tinham e ainda têm à sua disposição na natureza, evitando o máximo de alimentos processados.
Na lista de alimentos proibidos que eu sigo estão:
- Alho - se for 1/4 de alho/dia até faz bem mas torna-se tóxico se for em maior quantidade.
- Cebola - provoca anemia
- Abacate - tem um derivado de ácido gordo muito tóxico. E para quê dar isto ao cão??
- Chocolate e derivados de cacau - não é digerível pelo fígado dos cães e pode mesmo ser letal
- Chá preto e Café - a cafeína pode provocar arritmias e até ataques cardíacos
- Bebidas alcoólicas e refrigerantes - não é preciso explicar pois não?
- Açúcar - provoca cáries, diabetes, obesidade e torna o palato mais selectivo
- Ossos - nem cozidos nem crus. Ao roer lascam-se pontas bicudas que podem furar os órgãos
- Nozes - interferem com o sistema nervoso central levando à perda do equilíbrio
- Pêssegos/Ameixas/Alperces - não a fruta, mas sim os caroços são altamente tóxicos
- Uvas ou passas de uva - provocam falência renal
- Peixe cru - contêm parasitas que só são eliminados com a cozedura ou congelamento
- Soja e milho - provoca alergias
- Batata branca comum - o amído causa desarranjos gastrointestinais
- Massas cruas de pão ou bolos - o fermento transforma-se em açúcar que por sua vez se transforma em álcool
- Sementes de linhaça - provocam intoxicação alimentar, mas o óleo de linhaça é tolerável
- Pimenta - provoca gastrites e até úlceras
- Sementes de maçã ou de pêra - libertam ácido cianídrico no estômago, mortal para os cães
- Trigo - ponto crítico! Muitos animais são intolerantes ao glúten e a quase todos os cereais. Este eu tento evitar, por ver que no meu caso o cão fica com desconforto abdominal. Aqui entram produtos como as farinhas brancas de trigo, as massas, o pão, bolachinhas e afins...
- Arroz branco - é mais calórico e tem açucares mais rapidamente absorvidos pelo organismo, provocados pelo processo de branqueamento a que é sujeito. Sem dúvida que prefiro o arroz integral, pela fibra e pela capacidade de saciar por mais tempo.
- Leite - tal como alguns humanos, a lactose é intolerada pelo sistema digestivo dos cães provocando vómitos e diarreia, levando à falência do sistema imunitário.
Para me ajudar, uso esta cábula que tenho na porta do frigorífico e à qual recorro sempre que tenho dúvidas:
Por último, apenas relembrar que não devemos dar os nossos medicamentos a animais, a menos que sejam receitados por veterinários.
Também no caso das plantas, algumas são altamente tóxicas para os animais e muitas delas temo-las em casa e nem fazemos ideia.
Mais um assunto a aprofundar futuramente!
Também no caso das plantas, algumas são altamente tóxicas para os animais e muitas delas temo-las em casa e nem fazemos ideia.
Mais um assunto a aprofundar futuramente!
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