quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Microchip

Muitos são os cães que ainda não têm o Microchip. E eu conheço tantos casos. Porque é caro, e não é um bem essencial. Mas quanto é que dariam para recuperar o vosso cão perdido? Vale a pena pensar nisso.
Mas muitos também o têm por ser obrigatório, mas não sabem exactamente como funciona ou como tirar o melhor partido deste dispositivo...


O Microchip é a identificação electrónica que permite fazer a ligação legal entre o animal e o seu dono, através de uma base de dados (SIRA - Sistema de Identificação e Recuperação Animal) onde estão neste momento inscritos mais de 1 milhão de animais em Portugal. Esta identificação pode ser aplicada a qualquer tipo de animal, sempre por um médico veterinário, sendo que apenas é obrigatória para canídeos nascidos depois de Julho de 2008, após completarem os 3 meses de idade. O objectivo do SIRA é a recuperação animal em caso de perda.

O Microchip é uma pequena cápsula electrónica do tamanho de um bago de arroz, que é aplicado sob a pele e "indolor", com um código de barras individual, único e permanente, detectável através de um aparelho próprio de leitura que permite através da base de dados apurar a identificação do animal e do seu dono, permitindo e facilitando a recuperação do animal em caso de perda ou furto.

Os dados devem estar sempre actualizados, caso haja alteração de morada ou de contactos.

Contrariamente ao que se possa pensar, os Microchips  não são uma forma de geolocalização, ou seja, o veterinário não tem um monitor lá na clínica tipo do "Google Earth", onde mete o número do chip e aparece o sítio exacto onde o animal está no momento! Era bom que assim fosse, mas infelizmente os Microchips não estão ligados a nenhuma bateria com autonomia para estar em constante emissão de sinal. Esperemos que num futuro próximo seja possível.

Para sabermos se está tudo bem com a identificação do nosso animal, nós próprios podemos inserir o número no site do SIRA. Caso haja algum desvio, basta apenas dirigirmo-nos ao veterinário e confirmar.

Tanto para animais perdidos como para animais encontrados, o SIRA dispõe de formulários para preencher, que vão depois permitir o cruzamento de dados e a recuperação dos desaparecidos aos respectivos donos.

Também é possível fazer a cedência do animal, ou seja, alterar a "propriedade" de um dono para outro, através de uma "declaração de cedência" que o dono actual deve preencher e entregar no médico veterinário para este último analisar, validar e abrir o processo de cedência.

Felizmente o SIRA faz parte do Europetnet, uma organização sem fins lucrativos, que junta várias bases de dados de outros países da União Europeia num único Website, permitindo o resgate do animal em caso de se perder durante uma viagem a outro país.


Em caso de falecimento do animal o dono deve dirigir-se ao médico veterinário na intenção de dar baixa da sua identificação, bem como à Junta de Freguesia em caso do animal estar licenciado.

Este último licenciamento é também obrigatório.


O meu Cão está "chipado" desde os 3,5 meses.  O ideal teria sido levar o Microchip no mesmo dia da vacina da raiva só quando completasse os 6 meses, mas na altura por aconselhamento da veterinária, optei por colocar mais cedo para que o pudesse levar de férias comigo para terras algarvias.

O "indolor" valeu uma grande guinchadela ao Cão. Pelos vistos aquilo dói...

O Microchip custou 15,00€ em 2015, mas sei que à data o preço ainda se mantém na clínica onde vamos. Nas consultas de rotina a veterinária costuma testar o chip com o leitor para ver se está tudo bem.

A licença na Junta de Freguesia custou 6,25€ por ser o primeiro registo, e tem de ser renovada anualmente por 5,00€, correndo o risco de multa se não o fizer. Este licenciamento só pode ser feito no fim do cão ter o Microchip (aliás, uma das folhas do registo do SIRA é para ficar arquivada na Junta de Freguesia), e também tem de ter a vacina da raiva (doença curiosamente já erradicada no nosso país).
O valor do licenciamento pode divergir por localidade.








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