sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Sou uma sortuda

Que nunca me digam que um cão só dá é trabalho e que não dá lucro nenhum, só despesa!
É verdade a parte da despesa, mas uma pessoa consciente quando decide ter um cão já deve estar preparada para isso. É exactamente igual a um filho: é preciso cuidar, tratar, limpar, educar, passear, brincar. Faz tudo parte da responsabilidade de termos alguém ao nosso cuidado, mas também tirar partido e prazer disso.
Que atire a primeira pedra quem nunca teve vontade de atirar um filho pela janela. Em momentos de pura raiva, em que vejo uns sapatos novos todos roídos ou peças de roupa que mais gosto tudo rasgado pelo chão, penso em lhe abrir a porta da rua e deixá-lo ir à sua vidinha, morar debaixo da ponte para finalmente dar valor ao que tem! Óbvio que nunca faria isso. Assumo a decisão que tomei de ter um Cão. Arrependo-me às vezes por ter escolhido um Beagle, é uma raça que não é para qualquer dono. Quem tem um Beagle sabe do que falo. Mas agora é para ser até ao fim da vida, da minha ou da dele.
É indiscutível a ajuda que este Cão me tem dado, tem mostrado mais amor por mim do que qualquer amigo que tive até hoje. Tem sido o meu maior apoio e isto nunca se esquece, nem se deixa ficar para trás em circunstância alguma.
Neste Outono a coisa não tem andado fácil, sinto-me um bocadinho mais em baixo e a vontade de continuar a minha jornada não é a mesma. Ás vezes a coisa vacila. Mas o Cão está lá sempre para me fazer companhia e lembrar o que é amor e amizade de verdade. Afinal até sou uma sortuda.




segunda-feira, 12 de dezembro de 2016

Frango com ervilhas, e o furto da Feijoada...

Ervilhas, este é o Cão. Cão, estas são as ervilhas. Cumprimentem-se e dêem-se bem, por favor. Nada de constrangimentos.
Cão, espero que seja o início de uma bela amizade, dado que no passado fim de semana encontrei-te na casa da avó a comer uma Feijoada que elegantemente furtaste de cima da bancada da cozinha. Com chouriço, batata normal, cebola, alhos e tudo o que é suposto ser proibido na tua alimentação.
Aos teus olhos devo ser uma mãe negligente enquanto a tua avó é uma espécie de super-herói.

Tenho andado de olho em ti, mas apenas te noto uma pançola saliente e uns puns envergonhados, resultado da felicidade que tiveste nesse dia. Para além do saquinho do cocó, vou começar a andar com os comprimidos para a azia dentro da mala.
Just in case...


Frango com Ervilhas


Ingredientes

3 coxas de frango do campo
1/2 chávena de arroz integral
1 cabeça de nabo
2 cenouras médias
1/2 courgete
1 frasco grande de ervilhas
sal q.b.


Preparação

Num tacho largo colocar as coxas de frango, tapar com água e deixar cozer por 10 minutos após levantar fervura.
Tirar o frango, acrescentar água e quando começar a ferver adicionar o arroz integral. Depois de 10 minutos acrescentar todos os legumes cortados aos cubinhos e as ervilhas. Deixar cozinhar por mais 15 minutos. Passado esse tempo juntar o frango desfiado e sem ossos, cortado aos pedaços pequenos e uma pitadinha de sal. Cozer por mais 10 minutos.
Servir em porções à temperatura ambiente, com 1 colher de café de farinha de casca de ovo e um fio de azeite, se necessário.
Também se pode juntar ervas aromáticas a gosto, no momento de servir.

Pode-se congelar em porções diárias, aguenta até 1 mês no congelador.

Por tentar manter as propriedades da comida, deixo descongelar à temperatura ambiente. Por exemplo, tiro do congelador à noite para servir de manhã.
Evito ao máximo usar o microondas com a comida do Cão. E com a minha também...



quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Trela ou Peitoral?

Desde o primeiro momento como dona de um Cão, que decidi que só lhe ia colocar peitorais. A ideia de ver o meu Cão preso a uma trela ao pescoço como uma besta, ou um animal feroz feria-me os pensamentos. E para além do mais, sempre considerei os peitorais bem mais confortáveis para os cães, para os donos e muito mais elegantes e charmosos do que a trela de pescoço.
Sempre achei que ao ver um cão com um peitoral já lhe estava implícito o amor, a preocupação e a vaidade do dono!
Para o enxoval do Cão comprei um primeiro peitoral que pareciam umas cuecas invertidas, vermelho e em pele, e que segundo os entendidos da marca proporcionava maior conforto ao dono e ao cão.  Pois bem: fui enganada. Aquilo era tudo menos confortável. Cheguei a chamar o Cão de o "Fugas", porque nos primeiros passeios, a tentar que ele percebesse que tinha de ir onde eu ia, ele emburrava e fincava as patas enquanto eu ao puxar, lhe despia o peitoral e só já o conseguia ver a caminho da liberdade. Foram uns tempos de sofrimento, enquanto esperava que ele crescesse para lhe comprar outro. Lá comprei um segundo peitoral que prendia ao pescoço e na barriga, com o arnês a meio do dorso. Mais um que não era anti-fugas nem anti-birras... Já nem para falar, que por esta altura o cão já estava a ficar adulto e cheio de força para me puxar. Por causa dos puxões, ainda tive de andar muito tempo a pôr pomada num ombro, que inflamou por causa das constantes investidas. Até de joelhos esfolados cheguei a andar, por ser arrastada por ele. E sim, é só um Beagle mas tem a força de mil bois...
Decidi que os passeios com o Cão, principalmente os do final do dia, tinham de ser relaxantes para mim e não dolorosos como andavam a ser.
Investi num peitoral tipo "Julius-K9", o suposto supra-sumo dos peitorais, o melhor dos melhores, os únicos e os inconfundíveis! Com bandas laterais para colocar o nome e personalizar, com a banda da frente em material reflector, e interior forrado a pelinho. Era mais confortável para mim, e os puxões eram amortecidos pela faixa frontal que lhe ficava no peito, mas para ele torna-se mais fácil de me arrastar e de fazer força, como se de uma carroça se tratasse. A minha mão ficava dormente de fazer tanta força a agarrar a trela.
Quando o Cão fez 1 ano, ofereci-lhe como prenda de aniversário uma aula de comportamento, direccionada ao passeio. A fera revelou-se. Foi um festival de pinotes ser ao contrariado pelo treinador! Ao fim de 1 hora de tourada, lá acalmou pelo cansaço. O treinador aconselhou-me a usar trela de pescoço e a pôr de parte os peitorais, começando a transição por uma trela estranguladora. Caiu-me tudo aos pés... Ora eu, que não usava trela no pescoço por achar horrível, tinha agora de usar uma coisa muito pior: uma trela estranguladora! E usei, e fiz muito bem. Ele aprendeu a caminhar ao meu lado e a respeitar-me mais. Agora uso-lhe a trela no pescoço e um lencinho com a medalha de identificação.
And I like it.
Mas isto da trela ou peitoral tem muito que se lhe diga e há diversas opiniões acerca do assunto. Eu apenas posso partilhar a minha opinião, nada é generalizado porque cada caso é um caso, e o que é o ideal para mim pode ser um pesadelo para outro dono. É ir por tentativas até encontrar o que é mais confortável para cão e dono.


O primeiro peitoral, as tais "cuecas invertidas"

http://www.tiendanimal.pt/arnes-para-caes-macleather-classic-vermelho-p-7066.html
O Cão com a birra, e o segundo peitoral

http://www.petcity.pt/pt/coleirastrelasacaimes/421-peitoral-nylon-ajustavel.html#/peitoral_em_nylon_cor-vermelho/peitoral_em_nylon-peitoral_s_m_40_65cm_15mm
O super peitoral que nada resolveu

http://www.tiendanimal.pt/arnes-acolchoado-teflon-para-caes-robustos-p-5848.html
O melhor até agora: a trela simples
by loja dos chinocas lá do bairro


sábado, 3 de dezembro de 2016

Friday Night Fever

"Ó tu aí que me dás comida e que me apanhas os cocós: Podes dizer à Avó que o cachecol que ela te fez com tanto amor e carinho, realmente é quentinho e revelou-se um brinquedo do caraças! E sim, consigo abrir o armário e tirar de lá brinquedos muito parecidos com este!"
Ass: Cão


Agora quero ver como é que descalço a bota quando a minha mãe me perguntar porque é que eu não uso o cachecol... Neste momento é apenas um rolhão de lã.
E como é que eu faço para ter um armário anti-Beagle...
Só para que conste, a foto foi tirada no único segundo que ele esteve quieto entre pulos e rosnadelas enquanto eu tentava (sem sucesso como se veio a notar) resgatar o pobre coitado do cachecol.
O ar de tresloucado diz tudo.


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Loja ZU

Recentemente descobri a ZU, uma rede de lojas de animais que pertence ao grupo Sonae, que dispõe de marcas e rações que normalmente eu só encontro online.
Pena só haver ainda 4 lojas (Braga, Matosinhos, Cascais e Lisboa-Colombo).
Já há muito tempo que eu andava para experimentar a ração da Dingo Natura Diet, e tal não foi o meu espanto quando vi quase toda a gama mesmo ali à minha frente.
Pedi aconselhamento ao funcionário, por causa da sensibilidade gástrica do Cão e embora já soubesse que a Dingo produz rações com uma quantidade mínima de cereais, alto teor de fibra e proteína e hipoalergénicas, achei melhor ir para uma ração ainda com maior tolerância gastrointestinal.
Mesmo a dar ANC (Alimentação Natural Cozida) ao Cão, gosto sempre de ter ração para lhe colocar nos  brinquedos para ele se manter entretido e estimulado enquanto está sozinho em casa.
Escolhi a "Lamb and Rice", e já está aprovadíssima pelo Cão.
Também achei interessante o uso de dispensadores gigantes de biscoitos em modo self-service, que podemos encher em copinhos por 2€/copo. Claro está que também veio um copo cheio de biscoitos cá para casa...
Foi ainda bom ver de perto as várias trelas da Zee.dog, já tinha comprado uma online para o Cão, mas vê-las de perto é ainda mais tentador, dá vontade de comprar uma de cada padrão, pena que o orçamento já estava curto...


terça-feira, 29 de novembro de 2016

Workshop - Delícias Natalícias para o seu patudo

Adoro beber este tipo de informações e aprender mais sobre um tema que me desperta tanta curiosidade.

A Pet Party Events, juntamente com a veterinária Karla Pinto (especialista em formulação de alimentação para cães), organiza no próximo dia 10 de Dezembro, na Tapada da Ajuda em Lisboa, um workshop direccionado à alimentação animal, revendo os alimentos permitidos e proibidos nesta quadra natalícia.

No workshop os donos e amigos vão ainda aprender a fazer um Bolo-Rei para os patudos, e no final levam ainda um presente para os patudos!
O workshop tem o custo de 20€ por pessoa (materiais incluidos) e a inscrição pode ser feita através do email: petpartyevents@gmail.com

Infelizmente, é com muita pena que não vou poder participar neste workshop, mas as minhas funções como madrinha de gémeas nesse fim-de-semana chamam mais alto e lá vou ter de as acompanhar em mais uma etapa importante das suas vidas...

Mas se não fosse pelas minhas "afilhés", este workshop de certezinha absoluta que não me escapava!

De qualquer forma fica a sugestão:

Workshop - Delícias Natalícias para o seu patudo

Mais Informações: http://petpartyevents.blogspot.pt/

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

O desenrasca - Parte II

Ora bem, há dias em que ando com a cabeça no ar, chego tarde a casa, deixo-me dormir no sofá assim que acabo de jantar, cansada do trabalho, dos meus pensamentos e do lufa lufa do dia-a-dia.
Há mesmo dias de cão, e ultimamente tenho tido uns quantos...
No meio do cansaço tenho que ter tempo para brincadeiras e passeios com o Cão e para limpar os aposentos dele todos os dias, mas entre refeições para ele e refeições para mim algumas coisas vão ficando para trás.
Na volta esqueço-me de descongelar a comida para ele quando não tenho oportunidade de lhe fazer a comidinha. Esta semana voltou a acontecer.
Mais uma vez tive de fazer uma grande ginástica imaginativa da pouca que tenho disponível de manhã.
As minhas manhãs são todas em piloto automático e quando alguma coisa me fura o esquema, entro em colapso nervoso e já fico com um olho com chiliques saltitantes o resto do dia...


Refeição do desenrasca - Parte II


1 chávena de arroz integral cozido
1/2 maçã com casca, ralada ou em cubinhos
1 cenoura pequena ralada
1 peito de frango desfiado (sobras de frango assado)
1 fio de azeite
água quente


Basicamente é juntar tudo numa taça e mexer bem, para que a água aqueça os outros ingredientes, e servir sua majestade quando estiver tudo à nossa temperatura corporal.
Para saber se está à nossa temperatura corporal basta colocar um pouquinho da comida/líquido na parte de dentro do pulso. Se acharmos que está muito quente é porque está acima da temperatura do nosso corpo.

Inspirei-me nas dicas dadas pelas autoras do ABCão.




terça-feira, 15 de novembro de 2016

Cãopiloto

Sabe sempre bem passear com companhia, mas no meu caso é mais uma cãopanhia!
Aos fins de semana gosto de ter sempre o cão comigo, vá eu para onde for.
Antes de me ter aventurado com isto de me enfiar no carro com o Cão, tentei perceber ao nível de código da estrada que cuidados deveria ter, até para não correr o risco de ser multada pelos senhores agentes da autoridade.
Pois bem, o engraçado é que o código da estrada não é específico quanto ao transporte de animais, apenas que devem ser considerados como carga e que não podem de forma alguma prejudicar a condução ou a visibilidade do condutor.
Com isto eu entendi que o Cão podia ser transportado como eu acharia mais conveniente e confortável desde que cumprisse essas regras.
A lei apenas nos diz que o incumprimento destas simples regras pode levar ao pagamento de multas que podem ir dos 60 aos 600 euros, dependendo da gravidade dos casos.
A nível de licença especial para transportar um animal, também não há nada a apontar, apenas a obrigatoriedade de ter sempre os documentos do animal connosco (boletim de vacinas em dia, registo na junta de freguesia e seguro quando aplicável).
Para percursos pequenos comecei por transportar o Cão na bagageira do carro (comercial) e ele subia para cima da chapeleira e podia apreciar as vistas, mas nas travagens mais bruscas ou curvas mais apertadas, sentia-o muito solto e desamparado lá atrás.
Comprei um cinto para o poder transportar no banco da frente ao meu lado, tipo cãopiloto que é uma espécie de trela para prender onde se insere o cinto de segurança e é o que prefiro. Este cinto de segurança pode ser preso à trela ou ao peitoral, sendo que para distâncias curtas uso a trela, mas para distâncias mais longas e de caminho desconhecido uso o peitoral que é mais seguro evitando o estrangulamento em caso de acidente:

http://www.tiendanimal.pt/technical-adaptador-para-cinto-seguranca-p-10694.html

Comprei ainda uma grelha divisória com ventosas e adaptável, para casos onde ele tenha de ir na mala do carro, e assim dividir mercadoria ou bancos traseiros e Cão, e evita que ele possa ser projectado para a frente:

http://www.tiendanimal.pt/barras-separadoras-para-caes-c-1_246_866.html

Claro que estes métodos apenas se aplicam a cães, pois a forma mais estável de transportar um animal é recorrendo a uma caixa transportadora, para evitar que os animais se desloquem dentro da viatura ou ter algum comportamento imprevisível que possa distrair o condutor. Ora imaginem conduzir um carro com um gato assanhado lá dentro!



As barras
O cinto de segurança



terça-feira, 8 de novembro de 2016

O desenrasca - Parte I

Segunda-feira de manhã. Dia de trabalho. Deixo-me dormir. Acordar, ir ao frigorífico e perceber que me esqueci de descongelar comida para o Cão na noite anterior. Tão bom... E o Cão a olhar-me fixamente como que a condenar-me pela negligência parental.
Olho para o relógio e já estou atrasada, entre banho, secar cabelo, vestir, calçar sem me voltar a esquecer que as meias são primeiro que os sapatos, arranjar marmitas e lanches para o trabalho, e o Cão continua a julgar-me.
Rapidamente atiro  o que me vou lembrando para dentro de uma panelinha. Deixo arrefecer e surpreendo o Cão com uma super refeição para começar bem o dia!
O meu pequeno-almoço? Bem, esse é atirado para dentro do saco do trabalho porque já não há tempo para mordomias. Nem um cafézinho amigo...



Refeição do desenrasca - Parte I

Ingredientes:
50gr de esparguete integral
2 punhados de espinafres biológicos
1 cenoura média aos cubos
1 ovo biológico
1 peito de frango pequeno aos cubos
1 fio de azeite
1 pitadinha de sal

Preparação:
Basicamente atirar todos os ingredientes para dentro de uma panelinha e deixar cozer porque o relógio está a contar! Claro que só junto o esparguete partido aos bocadinhos e o ovo no fim da água estar a ferver.
Sirvo para um prato para deixar arrefecer e junto um fiozinho de azeite.
Servir quando estiver à volta dos 30ºC, e na gamela devida...

Nada mal, pois não?



sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Farinha de casca de ovo

Já por muitas vezes aqui falei neste suplemento alimentar canino.
As cascas de ovo têm cerca de 10x mais cálcio que o leite de vaca, e é de todo importante adicionar nutrientes tão importantes como estes na alimentação dos cães, uma vez que no mundo "doméstico" não damos aos nossos animais a oportunidade de os ir buscar aos ossos das "presas".
Não vou negar que dá um bocadinho de trabalho porque temos de retirar aquela película que está entre a casca e o interior do ovo. Há dias em que perco um bocadinho a paciência nessa parte da película, há outros em que acho altamente terapêutico, principalmente na parte em que parto as cascas e mando tudo para o lixo, por aquilo não sair por nada deste mundo. Em alguns sai essa película por inteiro, sem dar trabalho nenhum ou sem levar tempo. Outras estão agarradas tipo lapas, e as cascas vão-se partindo em micro pedaços tornando a tarefa quase impossível. Daí a eu nem sequer ter uma foto tirada por mim desse processo...
Mas apesar disso é importante esse passo de tirar essa película, porque se levarmos as cascas com isso ao forno ficamos com a cozinha empestada a inferno ardente com tudo a cheirar a esturro.

O meu lema é ter mais cascas de ovo do que as realmente vou usar, para colmatar os que vão por acabar por ir para o lixo.
As cascas de 6 ovos chegam perfeitamente para uns 2 meses, a servir uma colherzinha de café uma vez por semana.
Para conseguir esta quantidade tento ter as cascas de 8 ovos, para as eventualidades. Aproveito as cascas quando tenho de usar muitos ovos de uma  só vez.


Farinha de casca de ovo


Ingredientes:

Cascas de 8 ovos


Preparação:

Pré-aquecer o forno a 150º.
Começar por lavar as cascas por dentro para retirar todos os vestígios de ovo. Com cuidado remover a película e secar bem as cascas com papel absorvente.
dispor as cascas num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal e levar ao forno a secar por cerca de 10-15 minutos.
Retirar as cascas secas e triturar tudo no processador até ficar um pó fininho.
Deixar arrefecer completamente e guardar num frasco hermético à temperatura ambiente.
Esta farinha se estiver bem conservada aguenta cerca de 2 meses, mas se parecer não estar a ficar nas melhores condições é preferível descartar e fazer uma nova.
Servir uma colher de café a uma das refeições, uma vez por semana, misturada com a comida ou ração.
De notar o organismo tolera melhor a falta de cálcio do que o excesso, por isso temos de ter cuidado para não exagerar nas quantidades.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Cão Friorento

Ele pode estar o roncar no sofá, mergulhado num sono profundo a sonhar que está a correr pelo monte enquanto dá às patas com um ladrar atabalhoado de nariz enfiado no braço do sofá, mas quando ouve o som do ventilador da casa de banho parece que ganha molas nas patas e vai logo a correr para o tapete da casa de banho anichar-se como se fosse uma lagarta enrolada.
Mas se lhe tentar vestir uma camisola, ele faz-se de morto e recusa-se a pôr-se de pé. O bicho tem uma dignidade a manter.
Enfim, ao que parece vem aí o frio e desta vez diz que é para valer! Prevê-se a descida acentuada das temperaturas e nunca é demais relembrar os cuidados que devemos ter:


www.portaldodog.com.br

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Bizidog

Só quando foi possível começar a ir com o Cão à rua e a dar passeios é que me apercebi da dificuldade que era, e que continua a ser encontrar sítios pet friendly. Quando temos um cão como companhia o que mais queremos é que ele faça parte de todos os nossos programas. Mas conforme o tempo passava mais suprimida ficava a minha vontade de o levar comigo para todo o lado. Até para ir a uma esplanada tinha de perguntar se o Cão podia ali estar comigo. E a verdade é que alguns sítios não permitiam apesar de ser ao ar livre. Entrar em lojas nem se metia em causa, porque obviamente que era proibido. Algumas vezes e durante os passeios de verão, valia-me a boa vontade de algumas pessoas que ficavam a segurar o Cão na rua enquanto eu ía num instantinho ao café comprar uma garrafa de água...
Sinceramente já nem me lembro como descobri o "Bizidog", mas acho que foi num programa de televisão.
O "Bizidog" veio dar-me alguma esperança enquanto dona que gosta de levar o seu Cão para todo o lado.
Passo a explicar: isto do "Bizidog" é um site que mediante a especificação da localização pretendida, permite a donos de cães e amigos conhecer quais os estabelecimentos que aceitam a permanência de cães, bem como de outras empresas direccionadas aos animais, como veterinários, lojas, centros de treino, creches caninas, entre outros.
A sua utilização é muito fácil, basta aceder por computador ou telemóvel e colocar o local que pretendemos (apenas em território português) e o tipo de serviço, e de imediato aparece um mapa com a indicação das opções disponíveis naquela zona.
Esta aplicação foi criada por uma empresa portuguesa, a "Smartgeo", e permite ainda aos utilizadores sugerir locais onde os cães possam ir e que ainda não constem no mapa, ou alterações que efectivamente existam, actualizando e alargando assim as fronteiras de informação do site.
De momento, o "Bizidog" disponibiliza um endereço de e-mail (bizidog@smartgeo.pt), para onde todas as novas informações deverão ser enviadas por forma a manter a aplicação devidamente actualizada e cada vez mais funcional.

Eu pessoalmente uso frequentemente a aplicação, seja para procurar eventos, hotéis, hotéis para cães, restaurantes, praias ou até jardins para passear o Cão.



www.bizidog.pt

domingo, 16 de outubro de 2016

ABCão

"ABCão" é o nome do livro recentemente adquirido cá para casa. Para mim é sempre um bom investimento gastar dinheiro em livros, e este já me andava debaixo de olho há muito tempo.
Como me interesso muito por nutrição e saúde animal, este livro veio a revelar-se uma grande ajuda na compreensão da alimentação e saúde canina.
Em suma, o "ABCão" resulta da parceria entre uma veterinária e uma nutricionista com o principal objectivo de esclarecer dúvidas e fazer sugestões que melhorem a vida dos nossos cães, dando provas de que a saúde anda sempre de mãos dadas com a alimentação.

Tal como os humanos, "também os cães são aquilo que comem" - e eu não podia estar mais de acordo!

Neste livro abordam-se temas como a identificação de doenças e intoxicações mais frequentes; o que devemos ter num "kit de primeiros socorros" canino e como tornar a alimentação canina "mais nutritiva substituindo a ração por produtos de maior qualidade, saborosos e saudáveis, completamente livres de conservantes e aditivos".
Inclui ainda várias receitas para cães incluindo refeições principais, pratos especiais, molhos, biscoitos e recompensas, receitas com pouca gordura para cães obesos ou convalescentes e ainda de um bolo de aniversário!

No livro já descobri que para o peso do Cão (+/- 20 Kg) e 18 meses, tem a idade equivalente a 20 anos humanos.
Ou seja: a idade da parvoíce e do "eu é que sei".



sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Cão azeiteiro

Viver com um cão é uma aventura constante. Todos os dias são diferentes e trazem sempre qualquer coisa de novo. Ontem foi só mais uma proeza canídea. Uma de tantas outras que já passaram e mais umas quantas que ainda estão por vir.
Este título podia ser por o Cão usar um fio de ouro ao pescoço, um cachucho no dedo mindinho, palito ao canto da boca a ouvir musica pimba. Mas não.
Já não é novidade para quem me visita que o Cão adora mostrar que sabe subir acima da bancada da cozinha. Super higiénico, certo? Valha-me o Dettol desifectante.
Estou eu a fazer o jantar para mim e a comida de sua Majestade o Cão, e vai que é o momento indicado para inspeccionar o que se passa na bancada, e que petisco se pode roubar. Objecto estranho e que cria obstáculo nessa descoberta: uma garrafa de azeite. Novinha.
Já dá para perceber o que aconteceu a seguir: cão a escorregar pela bancada, vidros espalhados por todo o lado, pedra da cozinha devidamente azeitada, móvel bem oleado, chão a luzir do azeite derramado, sofá às pintas pela frente e com grandes nódoas atrás. O papel absorvente a tentar resolver a situação enquanto desfolho o rolo em grande velocidade e vou metendo os papéis cheios de azeite para o lixo. O Cão que está a ir ao lixo buscar esses papéis para brincar e espalhar pelo tapete da sala. As marcas de patinhas de azeite pelo soalho. O azeite que continua a escorrer em cascata, da bancada para o chão. A panela com a comida do Cão que arrufa e se espalha pelo fogão. Eu que perco as estribeiras e começo a gritar com ele. Ele que por sua vez começa a ladrar e entra numa dança ao estilo de sapateado flamenco em cima da poça de azeite.
O momento em que chego a pensar que a minha vida sem o Cão era bem mais fácil e calma, e a minha casa bem mais limpinha e arrumada.
Era mais fácil, mas não era a mesma coisa...
Acho que vou andar até ao Natal a limpar azeite debaixo da bancada...


Shame on you.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Pescada com Legumes para o Cão

Mais uma receita testada e aprovada pelo Sr. Cão.
Desta vez decidi usar pescada como proteína principal. De legumes, optei por comprar uma caixa de legumes para sopa, daquelas que trazem legumes frescos e permitem ter vários tipos na mesma sopa.
De peixe, comprei medalhões de pescada individuais congelados e higienizados. Na impossibilidade de lhe dar sempre peixinho fresco por causa do preço, acho esta a melhor opção.
Demora um bocadinho mais quando temos de cozer os ingredientes separadamente para poder pesar e seguir as percentagens correctas, mas sem dúvida que vale a pena!


Ingredientes:
4 medalhões de pescada congelados
1 caixa de legumes para sopa (1 cenoura média, 1 cabeça de nabo, 1/4 de couve lombardo, 1 molho de nabiças, 1 pedaço de abóbora)
1 batata doce com cerca de 500 gr
1/2 chávena de arroz integral
1 pitadinha de sal
1 ovo grande biológico


Preparação:
Numa panela grande colocar os medalhões de pescada descongelados e cobrir com água. Deixar levantar fervura e deixar cozinhar por 10 minutos.
Entretanto descascar e lavar os legumes e as verduras e cortar tudo aos cubinhos.
Retirar o peixe da panela e acrescentar água. Deixar levantar fervura, e acrescentar todos os legumes à panela. Desfiar o peixe.
Passados 15 minutos de ter os legumes a cozer retirar e reservar. Juntar o arroz integral à água e deixar cozer por mais 25 minutos.
Acrescentar os legumes cozidos, o peixinho desfiado e o ovo e cozer por mais 10 minutos, acrescentado uma pitadinha de sal.
Deixar arrefecer e guardar no frigorífico, numa caixa hermética.
Servir esta espécie de sopa em porções, com o ovo picado e um fiozinho de azeite.
Também se pode acrescentar salsa ou coentros picados e farinha de casca de ovo.
Esta quantidade dá para cerca de 8 refeições canídeas.

Pelas minhas contas fica cada refeição a cerca de 0,60€.






terça-feira, 4 de outubro de 2016

Dia Mundial do Animal

Hoje celebra-se por todo o mundo o Dia do Animal.
Para mim, este dia é como o Natal: é quando o homem quiser.
O bem estar dos animais só depende dos humanos. De tratar, cuidar e amar dos que escolhemos para partilhar a nossa casa e respeitar e preservar os que estão na natureza.
Escolho este dia para me lembrar ainda mais sobre as condições miseráveis em que muitos animais vivem, sem nunca terem tido um brinquedo, ou um carinho sequer.
Esses eu gostava de os levar todos para casa. Nessa impossibilidade este ano decidi oferecer uma saca de ração a uma instituição. É uma gota no oceano, eu sei, mas é o que me é permitido economicamente falando. E era tão bom que mais pessoas fizessem o mesmo, e não por ser apenas este dia mas porque os animais precisam. Sinto que é o mínimo que posso fazer.
E isto não é nada de novo, ao que parece este dia foi escolhido durante uma convenção de ecologistas em Florença, corria o ano de 1931, com o principal objectivo de sensibilizar a população para a necessidade de preservar e proteger todas as espécies, lutando principalmente contra o abandono e extinção das espécies. É o dia de S. Francisco de Assis - o santo padroeiro de todos os animais e do meio ambiente.
É também o Dia do Veterinário.
Por todo o mundo este dia é assinalado com programas alusivos ao tema e campanhas de adopção responsável por parte de várias instituições e algumas autarquias, sendo que ainda por iniciativa destas últimas, é possível administrar gratuitamente vacinas antirrábicas, desparasitação e microchips aos novos amigos.
Tudo boas razões para ter um fiel amigo!

Imagem: www.google.pt


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O Cão fugitivo

Este fim-de-semana tive "O" susto com o Cão. A valer!
No último ano andei a tentar ensinar o Cão a não ir para muito longe da casa dos avós e a tirar-lhe a trela aos pouquinhos, sempre atrás dele para não se afastar muito.
Um ano a tentar habituar o Cão a isto: noção de localização.
Este fim-de-semana fomos até a casa dos avós. Até aí nada de novo. Como de costume, e em seguimento do voto de confiança que eu já lhe tinha dado, o Cão andava pela rua a correr e a brincar sem a trela. Ele nunca fugiu dali e podia até desaparecer por uns momentos mas quando o chamava ele aparecia logo, ou era ele que me procurava para ver se eu não tinha fugido. Tranquilo...
Mas este fim-de-semana borrou a pintura toda.
Eu estava em casa e ele andava na rua a explorar, volta na volta eu espreitava à janela para ver onde ele andava. Até que espreitei uma vez, duas, três vezes e nada de Cão no horizonte! Peguei logo na trela e fui para a rua chamá-lo. Nada. Os meus pais, que são super preocupados com o neto, também não sabiam dele. Procurei em todo o terreno e nem sinal. Só podia ter saltado o muro! Fui para a estrada, corri rua abaixo e rua acima, sempre a chamar por ele e não apareceu. Aí comecei a panicar. Literalmente em pânico, a hiperventilar, as mãos a ficarem suadas e geladas, agoniada, mal disposta e os olhos a não se fixarem em nenhum ponto, mas a querer olhar para todos os sítios possíveis no menor espaço de tempo possível.
Passaram uns horríveis 50 minutos sem saber o que fazer, onde ir, aonde procurar. Um desespero agonizante. O incómodo de ter a vista embaciada e não conseguir ver bem por causa das lágrimas. O "porquê?" a matutar-me na cabeça.
Tocou o telemóvel.
Ele estava a "salvo do mundo" na casa de uma senhora, já dono e senhor do sofá e merecedor do descanso da viagem feita em 4 patas. A um quilómetro da casa dos meus pais, numa rua paralela. Não consegui falar quando o vi, só soluçar.
Vou ficar para sempre grata pelo telefonema, pela medalha com o número de telefone que ele usa impreterivelmente ao pescoço. Pelo Cão ser tão afável e bem disposto quando só me apetecia estrangulá-lo. Estivemos só pouco mais de uma hora sem saber um do outro, mas pareceu uma eternidade. Parece insignificante, mas a verdade é que se não fosse pela medalha de identificação esta história seria mais longa de certeza. Para já o Cão vadio está de castigo e para mim é o Cão mais feio do mundo! Eu já sabia, mas agora ainda tive mais certeza que não posso viver sem ele... Se foi isto com um cão, nem quero imaginar a dor das mães quando lhes acontece o mesmo com os filhos...

O Fugitivo. Cão Feio.

sexta-feira, 30 de setembro de 2016

A fada dos dentes

Ver o cão desdentado aos 4 meses foi uma grande novidade para mim.
Nunca na vida alguém me tinha avisado que os cães também mudam a dentição.
Um belo dia, o Cão andava por casa entretido a destruir brinquedos, e de repente começou com as patas da frente a esfregar o focinho, em plena aflição...
Pensei apenas que se tinha magoado com algum brinquedo ou até mordido a ele próprio... Mas a aflição continuou e (como faz sempre que se magoa, tipicamente mimado) começou a ganir a olhar para mim. Acorri logo ao pobre desgraçado para ver o que era. Abri-lhe a dentuça e só vi sangue espalhado pela boca do Cão. Comecei a inspeccionar melhor para perceber onde estava a ferida e reparo que lhe faltava um dente da frente! Pensei logo: "Com a brincadeira este gajo já se desgraçou e vai ficar desdentado para o resto da vida!"
Pois... Não... No dia a seguir já lá estava uma pontinha do malandro do dente definitivo.
Percebi que aquilo ia acontecer muitas mais vezes, enquanto os dentinhos de leite fossem substituídos. Nos dois meses a seguir foi a festa da fada dos dentes, cheguei a encontrar dentes perdidos no meio do tapete da sala e da cama dele.
O curioso é que os dentes são ocos, não têm raiz, e o que os faz cair são os definitivos que os empurram!
Uns encontrei ou consegui tirá-los a tempo, outros ele engoliu o que não tem mal nenhum na saúde dos cães.
Durante o tempo que ele levou na muda de dentes, andou mais reguila, a estragar mais brinquedos e a tentar roer as mãos que apanhava.
Para tentar apaziguar a coisa, comprei-lhe mais brinquedos de corda e de borracha para evitar que ele se interessasse por sapatos ou móveis. E resultou.
Ele só começou a interessar-se por sapatos agora em idade adulta, e é como a dona, gosta de grife... Prefere chinelos da Havaianas a chinelos do chinês, ténis da Timberland aos da Berska (estes vou chorar-lhes a morte para todo o sempre!), ou ainda as sabrinas Josefinas em vez das de plástico a cheirar a petróleo...
Enfim, desde essa altura que entrei no mundo dentário canino e todas as semanas tenho altas brigas com o Cão para lhe escovar o corta-palhas...
Mas a escovagem dos dentes é importante para os cães, tal como para os humanos, sendo necessária na ausência desta, a realização de destartarização dentária sob anestesia geral.
Apesar de lhe ir dando umas barras com flúor e ossos para roer (ambos bons para lhe manter os dentes limpos), também lhe comprei um conjunto de escovas apropriadas e pasta de dentes para cão para que ele mantenha uma boa higiene oral, e assim evitar a acumulação de placa bacteriana, tártaro, ou mau hálito. Tento fazê-lo pelo menos uma vez por semana.
O que não deixa de ser motivo de gozo quando digo que escovo ou tento vá, escovar os dentes ao Sr. Cão.


quinta-feira, 29 de setembro de 2016

O Seguro morreu de velho

Mais vale prevenir que remediar, e não contribuir para aquele outro provérbio "depois de casa arrombada, trancas à porta".
Depois de um ano em constante aflição (porque isto de ter um beagle é obra) decidi fazer-lhe um seguro.
Após várias fugas em plena via pública comecei a achar que qualquer dia o Cão me havia de meter numa carga de trabalhos, e sempre que saía à rua com ele preocupava-me a hipótese de se escapulir e pelo caminho deixar um rasto de destruição, provocar um acidente ou vários choques em cadeia, com carros empenados a deitar fumo enfiados dentro de montras de lojas e bocas de incêndio a jorrar água, com vários polícias a tentar deter o cão marginal e a imprestável da dona, com várias ambulâncias a recolher os vários feridos espalhados pelo chão...
Todo um cenário de horror hollywoodesco, onde na minha cabeça só entoava: "Nem dinheiro tens para pagar uma lâmpada de jardim e agora onde vais buscar o dinheiro para pagar esses estragos todos??"

De notar que uma vez fui passear o Cão para a beira do rio perto da nossa casa (único lugar onde lhe tirava a trela para ele poder correr no areal), e o esperto  lembrou-se de alargar horizontes. Fugiu tanto que fiquei com os bofes de fora por correr tanto atrás dele... Quanto mais chamava mais ele fugia. Outra vez, era ele mais pequeno e tinha um peitoral daqueles que se enfia nas patas e se prende nas costas (que parece umas cuecas invertidas), ferrou as patas por forma a despir o peitoral e lá foi ele espalhar magia pelo jardim municipal quase a ir para a estrada principal e mais movimentada, em plena hora de ponta.

Aproveitei a onda de ter de ir falar com o segurador e fiz algumas perguntas acerca de seguros para animais de estimação. Decidi na hora quando ele me contou um caso que ele estava a acompanhar e que tinha acontecido uns tempos antes: um cão tinha feito cair um senhor de idade na via pública. O senhor teve de ir para o hospital onde ficou internado uns tempos e quando voltou para casa teve de ir fazer várias sessões de fisioterapia.

O seguro cobriu tudo. E é apenas um seguro de responsabilidade civil. Parece que azares destes só acontecem aos outros, mas não. Isto aconteceu ali, no passeio onde levo o Cão quase todos os dias. Um senhor de idade ficou todo descadeirado por causa de um cão tresloucado que estava a passear na rua.

Como o meu também é tresloucado, optei apenas por um seguro de responsabilidade civil, que não inclui despesas médicas por só existirem duas clínicas onde vivemos e nenhuma delas tem protocolo com seguradoras.

Esse tipo de seguros com opção médica valem a pena para quem vive num grande centro urbano com um maior leque de parceiros como o caso do "Pétis" do Millenium BCP, o Seguros Continente da Mapfre, o Liberty Pet da Liberty Seguros, entre tantos outros à disposição no mercado. É só procurar e escolher o mais adequado.
De notar que para os cães considerados de raça perigosa, estes seguros são obrigatórios.

O meu é da Fidelidade, "Responsabilidade Civil - Animais de Companhia" com o capital segurado de 50.000€ por sinistro e anuidade, e franquia por sinistro de 10% dos danos (mínimo de danos materiais de 50,00€). Para que o seguro possa ser accionado, o animal tem obrigatoriamente de ter o boletim de vacinas com plano de vacinação actualizado, o microchip, e a licença de detenção.
A apólice custou 5,00€, mas o prémio anual é de 27,50€.

Por 2,30€/mês ando um bocadinho mais descansada pela rua.
Mas na verdade espero nunca vir a precisar do seguro para nada, será um bom sinal.