Viver com um cão é uma aventura constante. Todos os dias são diferentes e trazem sempre qualquer coisa de novo. Ontem foi só mais uma proeza canídea. Uma de tantas outras que já passaram e mais umas quantas que ainda estão por vir.
Este título podia ser por o Cão usar um fio de ouro ao pescoço, um cachucho no dedo mindinho, palito ao canto da boca a ouvir musica pimba. Mas não.
Já não é novidade para quem me visita que o Cão adora mostrar que sabe subir acima da bancada da cozinha. Super higiénico, certo? Valha-me o Dettol desifectante.
Estou eu a fazer o jantar para mim e a comida de sua Majestade o Cão, e vai que é o momento indicado para inspeccionar o que se passa na bancada, e que petisco se pode roubar. Objecto estranho e que cria obstáculo nessa descoberta: uma garrafa de azeite. Novinha.
Já dá para perceber o que aconteceu a seguir: cão a escorregar pela bancada, vidros espalhados por todo o lado, pedra da cozinha devidamente azeitada, móvel bem oleado, chão a luzir do azeite derramado, sofá às pintas pela frente e com grandes nódoas atrás. O papel absorvente a tentar resolver a situação enquanto desfolho o rolo em grande velocidade e vou metendo os papéis cheios de azeite para o lixo. O Cão que está a ir ao lixo buscar esses papéis para brincar e espalhar pelo tapete da sala. As marcas de patinhas de azeite pelo soalho. O azeite que continua a escorrer em cascata, da bancada para o chão. A panela com a comida do Cão que arrufa e se espalha pelo fogão. Eu que perco as estribeiras e começo a gritar com ele. Ele que por sua vez começa a ladrar e entra numa dança ao estilo de sapateado flamenco em cima da poça de azeite.
O momento em que chego a pensar que a minha vida sem o Cão era bem mais fácil e calma, e a minha casa bem mais limpinha e arrumada.
Era mais fácil, mas não era a mesma coisa...
Acho que vou andar até ao Natal a limpar azeite debaixo da bancada...
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Shame on you. |
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