sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Farinha de casca de ovo

Já por muitas vezes aqui falei neste suplemento alimentar canino.
As cascas de ovo têm cerca de 10x mais cálcio que o leite de vaca, e é de todo importante adicionar nutrientes tão importantes como estes na alimentação dos cães, uma vez que no mundo "doméstico" não damos aos nossos animais a oportunidade de os ir buscar aos ossos das "presas".
Não vou negar que dá um bocadinho de trabalho porque temos de retirar aquela película que está entre a casca e o interior do ovo. Há dias em que perco um bocadinho a paciência nessa parte da película, há outros em que acho altamente terapêutico, principalmente na parte em que parto as cascas e mando tudo para o lixo, por aquilo não sair por nada deste mundo. Em alguns sai essa película por inteiro, sem dar trabalho nenhum ou sem levar tempo. Outras estão agarradas tipo lapas, e as cascas vão-se partindo em micro pedaços tornando a tarefa quase impossível. Daí a eu nem sequer ter uma foto tirada por mim desse processo...
Mas apesar disso é importante esse passo de tirar essa película, porque se levarmos as cascas com isso ao forno ficamos com a cozinha empestada a inferno ardente com tudo a cheirar a esturro.

O meu lema é ter mais cascas de ovo do que as realmente vou usar, para colmatar os que vão por acabar por ir para o lixo.
As cascas de 6 ovos chegam perfeitamente para uns 2 meses, a servir uma colherzinha de café uma vez por semana.
Para conseguir esta quantidade tento ter as cascas de 8 ovos, para as eventualidades. Aproveito as cascas quando tenho de usar muitos ovos de uma  só vez.


Farinha de casca de ovo


Ingredientes:

Cascas de 8 ovos


Preparação:

Pré-aquecer o forno a 150º.
Começar por lavar as cascas por dentro para retirar todos os vestígios de ovo. Com cuidado remover a película e secar bem as cascas com papel absorvente.
dispor as cascas num tabuleiro de forno forrado com papel vegetal e levar ao forno a secar por cerca de 10-15 minutos.
Retirar as cascas secas e triturar tudo no processador até ficar um pó fininho.
Deixar arrefecer completamente e guardar num frasco hermético à temperatura ambiente.
Esta farinha se estiver bem conservada aguenta cerca de 2 meses, mas se parecer não estar a ficar nas melhores condições é preferível descartar e fazer uma nova.
Servir uma colher de café a uma das refeições, uma vez por semana, misturada com a comida ou ração.
De notar o organismo tolera melhor a falta de cálcio do que o excesso, por isso temos de ter cuidado para não exagerar nas quantidades.

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Cão Friorento

Ele pode estar o roncar no sofá, mergulhado num sono profundo a sonhar que está a correr pelo monte enquanto dá às patas com um ladrar atabalhoado de nariz enfiado no braço do sofá, mas quando ouve o som do ventilador da casa de banho parece que ganha molas nas patas e vai logo a correr para o tapete da casa de banho anichar-se como se fosse uma lagarta enrolada.
Mas se lhe tentar vestir uma camisola, ele faz-se de morto e recusa-se a pôr-se de pé. O bicho tem uma dignidade a manter.
Enfim, ao que parece vem aí o frio e desta vez diz que é para valer! Prevê-se a descida acentuada das temperaturas e nunca é demais relembrar os cuidados que devemos ter:


www.portaldodog.com.br

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Bizidog

Só quando foi possível começar a ir com o Cão à rua e a dar passeios é que me apercebi da dificuldade que era, e que continua a ser encontrar sítios pet friendly. Quando temos um cão como companhia o que mais queremos é que ele faça parte de todos os nossos programas. Mas conforme o tempo passava mais suprimida ficava a minha vontade de o levar comigo para todo o lado. Até para ir a uma esplanada tinha de perguntar se o Cão podia ali estar comigo. E a verdade é que alguns sítios não permitiam apesar de ser ao ar livre. Entrar em lojas nem se metia em causa, porque obviamente que era proibido. Algumas vezes e durante os passeios de verão, valia-me a boa vontade de algumas pessoas que ficavam a segurar o Cão na rua enquanto eu ía num instantinho ao café comprar uma garrafa de água...
Sinceramente já nem me lembro como descobri o "Bizidog", mas acho que foi num programa de televisão.
O "Bizidog" veio dar-me alguma esperança enquanto dona que gosta de levar o seu Cão para todo o lado.
Passo a explicar: isto do "Bizidog" é um site que mediante a especificação da localização pretendida, permite a donos de cães e amigos conhecer quais os estabelecimentos que aceitam a permanência de cães, bem como de outras empresas direccionadas aos animais, como veterinários, lojas, centros de treino, creches caninas, entre outros.
A sua utilização é muito fácil, basta aceder por computador ou telemóvel e colocar o local que pretendemos (apenas em território português) e o tipo de serviço, e de imediato aparece um mapa com a indicação das opções disponíveis naquela zona.
Esta aplicação foi criada por uma empresa portuguesa, a "Smartgeo", e permite ainda aos utilizadores sugerir locais onde os cães possam ir e que ainda não constem no mapa, ou alterações que efectivamente existam, actualizando e alargando assim as fronteiras de informação do site.
De momento, o "Bizidog" disponibiliza um endereço de e-mail (bizidog@smartgeo.pt), para onde todas as novas informações deverão ser enviadas por forma a manter a aplicação devidamente actualizada e cada vez mais funcional.

Eu pessoalmente uso frequentemente a aplicação, seja para procurar eventos, hotéis, hotéis para cães, restaurantes, praias ou até jardins para passear o Cão.



www.bizidog.pt

domingo, 16 de outubro de 2016

ABCão

"ABCão" é o nome do livro recentemente adquirido cá para casa. Para mim é sempre um bom investimento gastar dinheiro em livros, e este já me andava debaixo de olho há muito tempo.
Como me interesso muito por nutrição e saúde animal, este livro veio a revelar-se uma grande ajuda na compreensão da alimentação e saúde canina.
Em suma, o "ABCão" resulta da parceria entre uma veterinária e uma nutricionista com o principal objectivo de esclarecer dúvidas e fazer sugestões que melhorem a vida dos nossos cães, dando provas de que a saúde anda sempre de mãos dadas com a alimentação.

Tal como os humanos, "também os cães são aquilo que comem" - e eu não podia estar mais de acordo!

Neste livro abordam-se temas como a identificação de doenças e intoxicações mais frequentes; o que devemos ter num "kit de primeiros socorros" canino e como tornar a alimentação canina "mais nutritiva substituindo a ração por produtos de maior qualidade, saborosos e saudáveis, completamente livres de conservantes e aditivos".
Inclui ainda várias receitas para cães incluindo refeições principais, pratos especiais, molhos, biscoitos e recompensas, receitas com pouca gordura para cães obesos ou convalescentes e ainda de um bolo de aniversário!

No livro já descobri que para o peso do Cão (+/- 20 Kg) e 18 meses, tem a idade equivalente a 20 anos humanos.
Ou seja: a idade da parvoíce e do "eu é que sei".



sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Cão azeiteiro

Viver com um cão é uma aventura constante. Todos os dias são diferentes e trazem sempre qualquer coisa de novo. Ontem foi só mais uma proeza canídea. Uma de tantas outras que já passaram e mais umas quantas que ainda estão por vir.
Este título podia ser por o Cão usar um fio de ouro ao pescoço, um cachucho no dedo mindinho, palito ao canto da boca a ouvir musica pimba. Mas não.
Já não é novidade para quem me visita que o Cão adora mostrar que sabe subir acima da bancada da cozinha. Super higiénico, certo? Valha-me o Dettol desifectante.
Estou eu a fazer o jantar para mim e a comida de sua Majestade o Cão, e vai que é o momento indicado para inspeccionar o que se passa na bancada, e que petisco se pode roubar. Objecto estranho e que cria obstáculo nessa descoberta: uma garrafa de azeite. Novinha.
Já dá para perceber o que aconteceu a seguir: cão a escorregar pela bancada, vidros espalhados por todo o lado, pedra da cozinha devidamente azeitada, móvel bem oleado, chão a luzir do azeite derramado, sofá às pintas pela frente e com grandes nódoas atrás. O papel absorvente a tentar resolver a situação enquanto desfolho o rolo em grande velocidade e vou metendo os papéis cheios de azeite para o lixo. O Cão que está a ir ao lixo buscar esses papéis para brincar e espalhar pelo tapete da sala. As marcas de patinhas de azeite pelo soalho. O azeite que continua a escorrer em cascata, da bancada para o chão. A panela com a comida do Cão que arrufa e se espalha pelo fogão. Eu que perco as estribeiras e começo a gritar com ele. Ele que por sua vez começa a ladrar e entra numa dança ao estilo de sapateado flamenco em cima da poça de azeite.
O momento em que chego a pensar que a minha vida sem o Cão era bem mais fácil e calma, e a minha casa bem mais limpinha e arrumada.
Era mais fácil, mas não era a mesma coisa...
Acho que vou andar até ao Natal a limpar azeite debaixo da bancada...


Shame on you.

sexta-feira, 7 de outubro de 2016

Pescada com Legumes para o Cão

Mais uma receita testada e aprovada pelo Sr. Cão.
Desta vez decidi usar pescada como proteína principal. De legumes, optei por comprar uma caixa de legumes para sopa, daquelas que trazem legumes frescos e permitem ter vários tipos na mesma sopa.
De peixe, comprei medalhões de pescada individuais congelados e higienizados. Na impossibilidade de lhe dar sempre peixinho fresco por causa do preço, acho esta a melhor opção.
Demora um bocadinho mais quando temos de cozer os ingredientes separadamente para poder pesar e seguir as percentagens correctas, mas sem dúvida que vale a pena!


Ingredientes:
4 medalhões de pescada congelados
1 caixa de legumes para sopa (1 cenoura média, 1 cabeça de nabo, 1/4 de couve lombardo, 1 molho de nabiças, 1 pedaço de abóbora)
1 batata doce com cerca de 500 gr
1/2 chávena de arroz integral
1 pitadinha de sal
1 ovo grande biológico


Preparação:
Numa panela grande colocar os medalhões de pescada descongelados e cobrir com água. Deixar levantar fervura e deixar cozinhar por 10 minutos.
Entretanto descascar e lavar os legumes e as verduras e cortar tudo aos cubinhos.
Retirar o peixe da panela e acrescentar água. Deixar levantar fervura, e acrescentar todos os legumes à panela. Desfiar o peixe.
Passados 15 minutos de ter os legumes a cozer retirar e reservar. Juntar o arroz integral à água e deixar cozer por mais 25 minutos.
Acrescentar os legumes cozidos, o peixinho desfiado e o ovo e cozer por mais 10 minutos, acrescentado uma pitadinha de sal.
Deixar arrefecer e guardar no frigorífico, numa caixa hermética.
Servir esta espécie de sopa em porções, com o ovo picado e um fiozinho de azeite.
Também se pode acrescentar salsa ou coentros picados e farinha de casca de ovo.
Esta quantidade dá para cerca de 8 refeições canídeas.

Pelas minhas contas fica cada refeição a cerca de 0,60€.






terça-feira, 4 de outubro de 2016

Dia Mundial do Animal

Hoje celebra-se por todo o mundo o Dia do Animal.
Para mim, este dia é como o Natal: é quando o homem quiser.
O bem estar dos animais só depende dos humanos. De tratar, cuidar e amar dos que escolhemos para partilhar a nossa casa e respeitar e preservar os que estão na natureza.
Escolho este dia para me lembrar ainda mais sobre as condições miseráveis em que muitos animais vivem, sem nunca terem tido um brinquedo, ou um carinho sequer.
Esses eu gostava de os levar todos para casa. Nessa impossibilidade este ano decidi oferecer uma saca de ração a uma instituição. É uma gota no oceano, eu sei, mas é o que me é permitido economicamente falando. E era tão bom que mais pessoas fizessem o mesmo, e não por ser apenas este dia mas porque os animais precisam. Sinto que é o mínimo que posso fazer.
E isto não é nada de novo, ao que parece este dia foi escolhido durante uma convenção de ecologistas em Florença, corria o ano de 1931, com o principal objectivo de sensibilizar a população para a necessidade de preservar e proteger todas as espécies, lutando principalmente contra o abandono e extinção das espécies. É o dia de S. Francisco de Assis - o santo padroeiro de todos os animais e do meio ambiente.
É também o Dia do Veterinário.
Por todo o mundo este dia é assinalado com programas alusivos ao tema e campanhas de adopção responsável por parte de várias instituições e algumas autarquias, sendo que ainda por iniciativa destas últimas, é possível administrar gratuitamente vacinas antirrábicas, desparasitação e microchips aos novos amigos.
Tudo boas razões para ter um fiel amigo!

Imagem: www.google.pt


segunda-feira, 3 de outubro de 2016

O Cão fugitivo

Este fim-de-semana tive "O" susto com o Cão. A valer!
No último ano andei a tentar ensinar o Cão a não ir para muito longe da casa dos avós e a tirar-lhe a trela aos pouquinhos, sempre atrás dele para não se afastar muito.
Um ano a tentar habituar o Cão a isto: noção de localização.
Este fim-de-semana fomos até a casa dos avós. Até aí nada de novo. Como de costume, e em seguimento do voto de confiança que eu já lhe tinha dado, o Cão andava pela rua a correr e a brincar sem a trela. Ele nunca fugiu dali e podia até desaparecer por uns momentos mas quando o chamava ele aparecia logo, ou era ele que me procurava para ver se eu não tinha fugido. Tranquilo...
Mas este fim-de-semana borrou a pintura toda.
Eu estava em casa e ele andava na rua a explorar, volta na volta eu espreitava à janela para ver onde ele andava. Até que espreitei uma vez, duas, três vezes e nada de Cão no horizonte! Peguei logo na trela e fui para a rua chamá-lo. Nada. Os meus pais, que são super preocupados com o neto, também não sabiam dele. Procurei em todo o terreno e nem sinal. Só podia ter saltado o muro! Fui para a estrada, corri rua abaixo e rua acima, sempre a chamar por ele e não apareceu. Aí comecei a panicar. Literalmente em pânico, a hiperventilar, as mãos a ficarem suadas e geladas, agoniada, mal disposta e os olhos a não se fixarem em nenhum ponto, mas a querer olhar para todos os sítios possíveis no menor espaço de tempo possível.
Passaram uns horríveis 50 minutos sem saber o que fazer, onde ir, aonde procurar. Um desespero agonizante. O incómodo de ter a vista embaciada e não conseguir ver bem por causa das lágrimas. O "porquê?" a matutar-me na cabeça.
Tocou o telemóvel.
Ele estava a "salvo do mundo" na casa de uma senhora, já dono e senhor do sofá e merecedor do descanso da viagem feita em 4 patas. A um quilómetro da casa dos meus pais, numa rua paralela. Não consegui falar quando o vi, só soluçar.
Vou ficar para sempre grata pelo telefonema, pela medalha com o número de telefone que ele usa impreterivelmente ao pescoço. Pelo Cão ser tão afável e bem disposto quando só me apetecia estrangulá-lo. Estivemos só pouco mais de uma hora sem saber um do outro, mas pareceu uma eternidade. Parece insignificante, mas a verdade é que se não fosse pela medalha de identificação esta história seria mais longa de certeza. Para já o Cão vadio está de castigo e para mim é o Cão mais feio do mundo! Eu já sabia, mas agora ainda tive mais certeza que não posso viver sem ele... Se foi isto com um cão, nem quero imaginar a dor das mães quando lhes acontece o mesmo com os filhos...

O Fugitivo. Cão Feio.