Este é um assunto um bocado controverso, onde as opiniões divergem.
Quando o cão entrou na minha vida decidi que apenas lhe daria ração seca porque a composição das rações supostamente satisfazem todas as suas necessidades nutricionais.
Para isso tinha de optar por uma ração de qualidade que me assegurasse que nada lhe faltaria.Quando o cão entrou na minha vida decidi que apenas lhe daria ração seca porque a composição das rações supostamente satisfazem todas as suas necessidades nutricionais.
Apesar de ter tido todo um cuidado na escolha da dita, comecei logo a perceber que a ração não era suficiente, pelos sinais que ia tendo (coprofagia, queda de pêlo, colite, e o típico "cheira e deixa").
Depois de tanto tentar perceber os rótulos de diferentes rações, cheguei à conclusão que não consigo entender nada do que lá está escrito. Percebi apenas que a maior parte tem uma percentagem muito pequena de proteína e muito elevada de cereais e óleos que não consigo identificar, sem falar nos corantes e nos conservantes.Ora bem, sempre me foi dito que devo evitar tudo o que tem corantes e conservantes, e se isso se aplica aos humanos porque não aplicar também aos nossos animais? Eles não sabem ler rótulos e simplesmente confiam em nós quando lhes metemos a comida na gamela.
Quando o cão teve uma colite, descobri a sensibilidade dele a determinados compostos presentes em algumas rações. Nesse momento a escolha por uma ração de qualidade ao alcance do meu bolso, tornou-se muito limitada.
Por mais boa vontade que tivesse, era impensável pagar 80,00€ por uma saca de ração de 12Kg.
Por indicação da veterinária e por forma a que o sistema digestivo do cão entrasse nos caixilhos, comecei a fazer comida para o cão. Comecei com caldinhos de arroz, cenoura e peito de frango.
Simples. A colite passou. Gradualmente voltei à ração. Voltou o "cheira e deixa" e o "come tu a ver se gostas". Fiz contas. Pesquisei sobre o assunto. Fiz mais contas. Resisti a essa trabalheira que seria andar a fazer comida de propósito para o cão.
Experimentei.
Não achei lá muito prático para mim de perder a comodidade da ração para passar a ter a preocupação de encostar a barriga ao fogão para fazer comida de cão...
Mas felizmente cedi.
Fiquei ainda com mais certeza quando a veterinária me felicitou pela decisão.
Agora é uma rotina como outra qualquer. O Cão está cheio de saúde e não se queixa.
Um importante e breve estudo sobre os alimentos e respectivas toxicidades, e agora faço-lhe comida duas vezes por semana. Vou alternando proteínas e vegetais, tentando proporcionar-lhe a maior diversidade possível de nutrientes e sabores.
Mas calma! Também não sou perfeita e nem vou em exageros, nem radicalismos! Em situações SOS, quando não consigo fazer a comida dele e já não há mais no frigorífico, dou ração seca misturada com ração húmida e a vida continua...
Ele não me mostra o middle finger por isso...
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Imagem: http://tendenciasnaturebas.com.br/ |
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