quarta-feira, 24 de agosto de 2016

Ração VS Comida Caseira

Este é um assunto um bocado controverso, onde as opiniões divergem.
Quando o cão entrou na minha vida decidi que apenas lhe daria ração seca porque a composição das rações supostamente satisfazem todas as suas necessidades nutricionais.
Para isso tinha de optar por uma ração de qualidade que me assegurasse que nada lhe faltaria.
Apesar de ter tido todo um cuidado na escolha da dita, comecei logo a perceber que a ração não era suficiente, pelos sinais que ia tendo (coprofagia, queda de pêlo, colite, e o típico "cheira e deixa").
Depois de tanto tentar perceber os rótulos de diferentes rações, cheguei à conclusão que não consigo entender nada do que lá está escrito. Percebi apenas que a maior parte tem uma percentagem muito pequena de proteína e muito elevada de cereais e óleos que não consigo identificar, sem falar nos corantes e nos conservantes.
Ora bem, sempre me foi dito que devo evitar tudo o que tem corantes e conservantes, e se isso se aplica aos humanos porque não aplicar também aos nossos animais? Eles não sabem ler rótulos e simplesmente confiam em nós quando lhes metemos a comida na gamela.
Quando o cão teve uma colite, descobri a sensibilidade dele a determinados compostos presentes em algumas rações. Nesse momento a escolha por uma ração de qualidade ao alcance do meu bolso, tornou-se muito limitada.
Por mais boa vontade que tivesse, era impensável pagar 80,00€ por uma saca de ração de 12Kg.
Por indicação da veterinária e por forma a que o sistema digestivo do cão entrasse nos caixilhos, comecei a fazer comida para o cão. Comecei com caldinhos de arroz, cenoura e peito de frango.
Simples. A colite passou. Gradualmente voltei à ração. Voltou o "cheira e deixa" e o "come tu a ver se gostas". Fiz contas. Pesquisei sobre o assunto. Fiz mais contas. Resisti a essa trabalheira que seria andar a fazer comida de propósito para o cão.
Experimentei.
Não achei lá muito prático para mim de perder a comodidade da ração para passar a ter a preocupação de encostar a barriga ao fogão para fazer comida de cão...
Mas felizmente cedi.
Fiquei ainda com mais certeza quando a veterinária me felicitou pela decisão.
Agora é uma rotina como outra qualquer. O Cão está cheio de saúde e não se queixa. 
Um importante e breve estudo sobre os alimentos e respectivas toxicidades, e agora faço-lhe comida duas vezes por semana. Vou alternando proteínas e vegetais, tentando proporcionar-lhe a maior diversidade possível de nutrientes e sabores.

Mas calma! Também não sou perfeita e nem vou em exageros, nem radicalismos! Em situações SOS, quando não consigo fazer a comida dele e já não há mais no frigorífico, dou ração seca misturada com ração húmida e a vida continua...

Ele não me mostra o middle finger por isso...




Imagem: http://tendenciasnaturebas.com.br/

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