segunda-feira, 10 de setembro de 2018

O Cão 'El Chapo'

O Cão tornou-se um especialista em contornar tudo o que lhe seja um obstáculo à fuga. Impressionantes são as artimanhas que o patife encontra para se escapulir, sempre detalhadamente estudadas para que seja um verdadeiro quebra-cabeças descobrir como ele conseguiu fugir.
Mete o 'El Chapo' a um canto.

Acrescentar ainda que a casa dos meus pais foi toda vedada por causa deste diabrete de quatro patas.
Vedação essa que teve de sofrer várias obras de melhoramento, por causa de se mostrar pouco eficaz à causa. Vários buracos foram feitos por baixo e na própria vedação.
O meu Cão fazia buracos para sair, e o dos meus pais fazia buracos para entrar quando ficava "preso" do lado de fora. Um trabalho corporativo portanto.

A último plano de fuga consistiu em servir-se de todas as ferramentas possíveis e imaginárias para tentar chegar a um gato remeloso que viu passar para além da vedação da casa dos meus pais.
Começou por fazer cair um vaso de flores, que usou para subir para cima de um poço inactivo que tem uma tampa de alvenaria, daí subiu para uma mini estufa onde os meus pais tinham um "berçário" de pimentos para a horta destruindo tudo o que encontrou pela frente, saltou para cima do galinheiro e desencadeou um cacarejar de alvoroço na capoeira, um outro salto desengonçado por cima de uma nespereira e aterrou no chão depois de uns bons dois metros de altura rumo à liberdade.

Para apurar esta sequência digna de um Sherlock Holmes tive de arriscar e deixá-lo fazer tudo uma segunda vez.

O problema nestas fugas é que o desespero de não saber onde o Cão anda é grande demais. Uma dessas vezes fui encontrá-lo preso dentro de um barracão ao fim de uma hora sem saber dele, e ainda hoje me pergunto se a ideia era roubarem-no ou ligarem para o número que está na medalha que anda sempre na coleira dele. Fica a dúvida.


Zoom ao máximo para confirmar que estava a tentar passar por baixo do portão...

domingo, 20 de maio de 2018

Uma Lapa no Cão


Depois de uns cagaços, comecei a martelar a cabeça a tentar arranjar uma forma de conseguir localizar o Cão durante as fugas. A oferta de mercado não me parecia muito vasta e o que fui encontrando passava por equipamentos muito grandes, com pouca durabilidade e muito pesados para a minha recatada carteira. Conformei-me que apesar de muito avançada em determinados campos, a tecnologia não conseguia ainda atender às minha necessidades.

Numa leitura a um artigo acerca das startups portuguesas de maior sucesso apresentadas na Web Summit, descobri que uma empresa chamada Lapa Studio havia sido uma dessas startups e que a sua participação nesse certame já lhe tinha valido uma duplicação de facturação pela criação de um dispositivo a que deram o nome de "Lapa".

Ora bem, vou tentar explicar isto de uma forma simples: uma Lapa é nem mais nem menos do que um dispositivo de 3x3cm que se acopla ao objecto que não queremos perder ou deixar para trás esquecido (p.e. chaves, carteira, telemóvel, mala de viagem, sombrinha, criança, cão, gato,  etc.) que através de uma app instalada no nosso smartphone estabelece a ligação ao dispositivo/objecto por bluetooth, indicando a distância a que estamos do dispositivo e onde foi detectado pela última vez. O dispositivo por sua vez, quando é localizado emite um sinal luminoso e um sonoro para facilitar o encontro com o detentor do smartphone.
A pensar ainda nas crianças e nos animais de estimação, a Lapa Studio criou uma pulseira para as crianças e um acessório de coleira para os animais.

Se a ideia vos interessar podem tentar saber mais aqui: https://findlapa.com/

Achei a ideia genial, procurei onde é que se vendia e passada uma semana já tinha a minha Lapa para pôr na coleira do Cão, junto à medalha.


Para já nada a apontar a este gadget, felizmente ainda não tive oportunidade para experimentar em situações de real aperto, mas a Lapa diz conseguir identificar o dispositivo com alcance até 60 metros do smartphone, pelo que continuo em modo de testes ao equipamento.






sexta-feira, 18 de maio de 2018

Bolo de aniversário para Cão e o medo das velas

No passado dia 10 de Abril, foi dia de celebrar as 3 Primaveras do Cão mais destrambelhado do mundo: o meu.
A receita já não é novidade aqui por casa, embora desta vez tenha feito umas pequenas adaptações com o que tinha na despensa. Em todo o caso, segue a receita original e à frente as alterações que fiz:

·         1 ovo
·         ½ chávena de manteiga amendoim
·         ¼ chávena de óleo vegetal (substitui por óleo de côco)
·         1 colher de chá de extrato de baunilha
·         1/3 chávena de mel
·         1 chávena de cenoura ralada (substitui por maçã reineta ralada)
·         1 chávena de farinha integral (substitui po farinha de arroz e aveia)
·         1 colher de chá de fermento em pó ou bicarbonato de sódio

Pré-aquecer o forno a 180 graus.
Untar uma forma (a minha deve ter uns 14cm de diâmetro) com azeite e forrar o fundo com papel vegetal para evitar ficar com o fundo colado à forma.
Numa taça misturar o ovo, a manteiga de amendoim, o óleo, a baunilha e o mel.
Juntar a cenoura ralada e aos poucos adicionar a farinha e o bicarbonato/fermento até estar tudo bem misturado.
Deitar numa forma pequena e deixar cozer por 20 minutos mais coisa menos coisa (fazer o teste do palito para ter a certeza que está cozido).

Desenformar e deixar arrefecer sobre uma rede.

Cortar ao meio e rechear com o que apetecer dentro dos alimentos permitidos, como por exemplo: manteiga de amendoim, manteiga normal (de preferência de pasto) ou até patê para cão.
Neste caso usei queijo creme com um fio de mel por cima porque a ideia era partilhar o bolo com os humanos. 

Enfim, tudo é alheio ao Cão e quer lá ele saber se é o dia de aniversário dele ou não. Até se acenderem as velas. É vê-lo a transformar-se num autêntico Houdini e fazer-se desaparecer quase instantaneamente. Ainda pensei em meter um foguete no bolo, mas para evitar possíveis ataques cardíacos, achei por bem evitar.

De prendas recebeu: duas bolas de ténis, um brinquedo de corda e um Dentastix gigante.
Como não é um Cão de grandes pretensões, a prenda preferida dele foi uma garrafa de água vazia com tampa. E sim, aqui a tampa faz toda a diferença. É a tampa que faz aquele brinquedo barulhento valer a pena.


Entretanto é com lamento que informo que estas prendas tragicamente se juntaram dias depois a todos os outros brinquedos que ele já teve: No Céu dos brinquedos do meu Cão.


As velas: mundialmente conhecidas como impiedosas assassinas de cães.